Outubro: mês de Festivais na Feira de São Cristóvão
Pela primeira vez, a feira de tradições nordestinas do Campo de São Cristóvão/RJ vai promover um super passeio pelas raízes nordestinas num único mês: outubro. A partir de agora, o reduto vai institucionalizar o mês dos nordestinos no Rio de Janeiro. Já chega com 5 projetos: mostra O Nordeste e Sua Gente!, festival Forró de Raiz/Dança, festival Cordel de Raiz/Literatura, festival Repente de Raiz/Embates, e o festival Forró de Raiz/Pé de Serra.

• A Feira de São Cristóvão/FSC vai restaurar a cultura de raiz, resgatar e instaurar de vez algumas representações típicas. O movimento inaugura uma série de projetos que se constituirá na Agenda anual de atividades de raiz. Dia 5 de outubro (sexta-feira), 18h, a Agenda começa a temporada: série Origens/NE, com a mostra “O Nordeste e Sua Gente!” (exposição que promove um passeio pela região onde começou o Brasil/Espaço Memória), na sequência a primeira festa competitiva: festival Forró de Raiz/Dança. A programação se estenderá no mês inteiro! Pela primeira o reduto vai realizar 4 eventos de raiz: Festival Forró de Raiz/Dança, dia 5/eliminatória e dia 6/final (sexta e sábado). - Coordenador: Marinho Braz. Festival Cordel de Raiz/Literatura, dia 12/eliminatória e dia 13/final (sexta e sábado). - Coordenador: Severino Honorato. Festival Repente de Raiz/Embates, dia 19/eliminatória e dia 20/final (sexta e sábado). - Coordenador: Daniel Gonzaga. Festival Forró de Raiz/Pé de Serra, dia 26/eliminatória e dia 27/final (sexta e sábado). - Coordenador: Adélio da Silva.
Festival Forró de Raiz/Dança, dia 5/eliminatória e dia 6/final (sexta e sábado): evento competitivo que prioriza o forrobodó como festa e dança original do Nordeste, conforme o folclorista Câmara Cascudo. O incontornável Câmara Cascudo (1898/1986) nos oferece alguns dados sobre o forrobodó nas décadas iniciais do século XX. O mestre encontrou registros do termo em jornais cariocas de 1905/1913. Menciona violão, sanfona, reco-reco; a origem social de seus participantes: “a ralé”. É, ainda, em 1913 que o termo forró é dicionarizado pela primeira vez, conforme o Houaiss. Coordenador: Marinho Braz. PREMIAÇÃO: R$ 800,00/primeiro lugar; R$ 500,00/segundo lugar. – Nota: a versão 2018, desse festival é piloto. • Festival Cordel de Raiz/Literatura, dia 12/eliminatória e dia 13/final (sexta e sábado): evento competitivo que prioriza os cordéis típicos do Nordeste. É um gênero literário escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária no Brasil. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal. Coordenador: Severino Honorato. PREMIAÇÃO: R$ 800,00/primeiro lugar; R$ 500,00/segundo lugar. – Nota: a versão 2018, desse festival é piloto. Festival Repente de Raiz/Embates, dia 19/eliminatória e dia 20/final (sexta e sábado): evento competitivo que prioriza os embates no Nordeste. Repente é uma arte brasileira baseada no improviso cantado, alternado por dois cantores; daí o nome repente, mas com violas de afinação nordestina. É forte na região, baseado no canto alternado que se dá em forma de improviso poético – a criação de versos "de repente". Possui diversos modelos de métrica, predominando os versos heptassílabos e decassílabos. A rima usada é a rima perfeita. Há dezenas de modalidades do repente, entre elas a sextilha, o martelo agalopado e o galope à beira-mar. Coordenador: Daniel Gonzaga. PREMIAÇÃO: R$ 800,00/primeiro lugar; R$ 500,00/segundo lugar. – Nota: a versão 2018, desse festival é piloto. • Festival Forró de Raiz/Pé de Serra, dia 26/eliminatória e dia 27/final (sexta e sábado): evento competitivo que prioriza o estilo nordestino de raiz. Pé de serra, também conhecido como forró tradicional, é uma expressão usada para designar o grupo de gêneros musicais originários da festa do forró, os quais são executados tradicionalmente por trios usando acordeom, zabumba e triângulo conhecidos como xote, arrasta-pé, baião, xaxado e forró/gênero musical. No tempo de Januário (pai de Gonzaga) faziam-se muitas festas no Araripe, que é uma região montanhosa; daí a expressão forró no pé da serra. Coordenador: Adélio da Silva. PREMIAÇÃO: R$ 800,00/primeiro lugar; R$ 500,00/segundo lugar. – Nota: a versão 2018, desse festival é piloto.
Realização: Comissão Provisória de Gestão/FSC; Apoio cultural: prefeitura do Rio/Secretaria de Cultura, Jornal da Feira, Instituto Cultural da Feira, Forró In RIO.
• Coordenadores: Felipe Sousa, Douglas Amaral e Gilberto Teixeira; Direção Executiva: Gilberto Teixeira. 99189-1474/98031-8478/97006-4120